O que a urna eletrônica não quer que você saiba?

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O que a urna eletrônica não quer que você saiba

A urna eletrônica é um aparelho usado no Brasil para contar os votos das pessoas nas eleições. Com ela, os brasileiros escolhem os candidatos, e a apuração dos resultados é totalmente digital.

A criação da urna eletrônica estava prevista no Código Eleitoral de 1932, mas sua construção só ocorreu em 1995. Sua primeira utilização no Brasil ocorreu nas eleições municipais de 1996, quando 57 cidades utilizaram urnas. A urna foi usada em todas as cidades brasileiras nas eleições de 2000.

Neste artigo você conhece um pouco mais sobre a urna eletrônica. Aproveite a leitura!

 

O que é a urna eletrônica?

 

A urna eletrônica utilizada nas eleições brasileiras possui um teclado semelhante ao teclado numérico de um telefone normal, que é usado pelos eleitores para inserir o número do candidato em que pretendem votar.

Uma vez que o número é inserido, o nome do candidato, partido e foto aparecem no visor, com isso, o eleitor pode verificar seu voto ou corrigi-lo caso tenha cometido algum erro.

O aparelho possui um cartão de memória interno que armazena os votos de forma criptografada. O objetivo é garantir a segurança das informações nele contidas e prevenir fraudes. A apuração dos votos registrados é totalmente digital e feita pelos computadores do Tribunal Superior Eleitoral.

 

A evolução da urna eletrônica

 

O voto é um dos direitos mais importantes do cidadão brasileiro, sendo um dos símbolos de sua participação na política nacional. A importância desse direito é reforçada pela história do Brasil, devido aos longos períodos em que os resultados eleitorais foram marcados por fraudes e à época em que os brasileiros tinham o direito de votar com restrições, como durante os anos da ditadura.

A redemocratização do nosso país começou em 1985, com a posse de José Sarney como presidente, o que desencadeou todos os esforços feitos na política brasileira para reconstruir a democracia.

Em 1994, o TSE utilizou computadores para apurar os resultados das eleições realizadas naquele ano. Foi a primeira vez que isso aconteceu na história das eleições em nosso país, o que só foi possível porque foi criada uma rede nacional que permite a transferência de informações da contagem. Veja mais dessa evolução abaixo!

1996 – Foi criado o primeiro modelo de urna eletrônica – UE96 – com teclado numérico tipo telefone e impressora de votação. Nas teclas, os números também foram escritos em Braille. As urnas eletrônicas foram utilizadas por cerca de 30% do eleitorado nacional.

1998 – A urna eletrônica UE98 foi o primeiro modelo a exibir uma foto de cada candidato. Foi estabelecida uma revisão dos dados inseridos nas urnas eletrônicas. As empresas de auditoria têm agora a oportunidade de verificar a veracidade e autenticidade das informações colocadas nas urnas eletrônicas. Este modelo foi utilizado por cerca de 60% do eleitorado nacional.

2000 – o modelo UE2000 recebeu saída de áudio de fone de ouvido e sensibilidade tátil e auditiva no teclado do terminal do eleitor.

Esta foi a primeira eleição 100% eletrônica no Brasil. Foram adotados procedimentos para solucionar problemas apresentados pelas urnas, como substituí-las em caso de mau funcionamento. As empresas de auditoria conseguiram garantir a integridade das informações e garantir a continuidade da votação eletrônica, em caso de interrupção.

2002 – A urna eletrônica UE2002 introduziu um módulo para impressão de cédulas externas.

As empresas de auditoria aumentaram sua capacidade de verificar etapas do processo, em especial, a autenticidade dos programas eleitorais que agora são assinados em cerimônia pública.

2004 – No modelo UE2004, começou a produzir o Registro de Votos Digitais (RDV) e, pela primeira vez, os códigos-fonte dos sistemas eleitorais foram abertos para auditoria e assinatura digital por organizações externas de monitoramento.

2006 – A urna eletrônica UE2006 recebeu leitores biométricos de impressão digital. Foi iniciado o teste de identificação biométrica do eleitor.

2008 – Neste ano, o modelo UE2008 começa a usar o Uenux, sua versão do sistema operacional Linux de código aberto. O Uenux foi desenvolvido por especialistas em Justiça Eleitoral, especificamente, para uso nas urnas.

2010 – As urnas eletrônicas UE2009 e UE2010 receberam um dispositivo dedicado para promover a segurança do hardware e realizar transações criptográficas. Além disso, disquetes para gravação de resultados foram substituídos por pen drives USB.

Em 2009, foi realizada a primeira avaliação previdenciária (TPS).

2012 – A urna eletrônica UE2011 recebeu um upgrade para o leitor biométrico.

Em 2012, foi realizada a segunda edição do Teste de Segurança Pública (TPS).

2014 – O mecanismo de votação UE2013 recebeu melhorias no sistema operacional Uenux, principalmente no manuseio da criptografia. Essa melhoria é mostrada em outros modelos de urnas.

2016 – A urna eletrônica UE2015 aumentou seu poder de processamento para melhorar a execução de algoritmos criptográficos cada vez mais complexos. As urnas (UBs) receberam códigos QRCode e a Justiça Eleitoral disponibilizou o aplicativo Boletim na Mão.

Em 2016, foi realizada a terceira edição do Teste de Segurança Pública (TPS).

2018 – Em 2017, foi realizada a quarta edição do Teste de Segurança Pública (TPS).

Além disso, no dia das eleições, iniciou-se o teste de funcionalidade das urnas eletrônicas.

2020 – Em 2019, foi realizada a quinta edição do Teste de Segurança Pública (TPS).

As eleições municipais de 2020 foram realizadas em meio à pandemia global de COVID-19.

O Congresso Nacional, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiram adiar a realização do pleito, com a EC nº 107/2020. As eleições foram realizadas nos dias 15 e 29 de novembro, o primeiro e o segundo turnos, respectivamente.

2022 – A urna eletrônica UE2020 sua capacidade de processamento aumentou 18 vezes, recebeu tela touch screen na mesa de votação e teve perímetro criptográfico de hardware de segurança aprovado com base nos requisitos da Infraestrutura Pública para Chaves Criptográficas (ICPBrasil).

Em 2021, foi realizada a sexta edição do Teste de Segurança Pública (TPS).

Além disso, o período de código aberto foi estendido de 6 para 12 meses e foi criada a Comissão de Transparência Eleitoral. Além dos arquivos da BU que foram divulgados ao mesmo tempo em que foram recebidos do TSE, foram publicados online os arquivos RDV e os logs das urnas eletrônicas do país.

Tendo visto esta evolução, conclui-se que o modelo de votação no Brasil a partir das urnas eletrônicas é uma combinação de 3 pilares: tecnologia, processo e auditoria. Esta tríade permite robustez e mitigação de quaisquer vulnerabilidades na linha do tempo.

É exatamente o que empresas de tecnologia sérias, como a Fast Moving Software realizam cotidianamente em suas soluções em busca da excelência.

O sucesso da urna eletrônica garantiu a integração desse sistema e tornou a eleição do nosso país uma das mais seguras do mundo, além de ser uma das mais rápidas na contagem de votos. A segurança da urna eletrônica é verificada regularmente em testes públicos que comprovam sua segurança contra ataques de hackers.

A segurança do processo de apuração dos votos durante as eleições é um assunto de grande preocupação para a população brasileira, mas o Supremo Tribunal Eleitoral tem tomado todas as medidas necessárias para garantir essa segurança. Desta forma, podemos dizer que sim, a urna eletrônica é segura.

Portanto, o que a urna eletrônica não quer que você saiba?

A resposta é simples! Que mantenha o sigilo do voto a todo cidadão brasileiro que queira resguardar este seu direito.

 

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